PT
Biografia Joana Gama (Braga, 1983) é uma pianista portuguesa que se desdobra em múltiplos projectos quer a solo quer em colaborações nas áreas do cinema, da dança, do teatro, da fotografia e da música. Movida pela música e pelas histórias que ela transporta, ou pode transportar, Joana Gama procura fazer concertos e espectáculos que exprimem os seus interesses e afinidades. Fascinada pela ideia de música quase silêncio, ou música que convida à contemplação, tem interpretado música de Erik Satie, John Cage, Federico Mompou ou Hans Otte nos últimos anos. Consciente da importância da ecologia, tem dois espectáculos para crianças que, através da música, as alertam para a importância e, simultaneamente, para o fascínio que as árvores, os pássaros e os cogumelos podem trazer à nossa vida. Começou os seus estudos musicais em Braga, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian con Ema Pais Martins, Ana Rita Lima e João Paulo Teixeira. Estudou um ano na Royal Academy of Music, em Londres, com Vanessa Latarche, e completou a Licenciatura em Piano, na classe de Tania Achot, na Escola Superior de Música de Lisboa em 2005. Em 2010, na classe de António Rosado, concluiu o Mestrado em Interpretação na Universidade de Évora, com uma tese sobre Alberto Ginastera, onde, em 2017, se doutorou, como bolseira da FCT, com a tese ““Estudos Interpretativos sobre música portuguesa contemporânea para piano: o caso particular da música evocativa de elementos culturais portugueses”. Hoje prossegue as suas investigações enquanto membro do CESEM / NOVA FCSH. Foi galardoada no Prémio Jovens Músicos/RDP em 2008, 1º Prémio na categoria de Piano – Nível Superior; em 2005, 1º Prémio na categoria de Acompanhamento ao Piano (com o violetista Jano Lisboa); e em 2004, 3º Prémio na categoria de Música de Câmara (com o flautista Fernando Marinho). Entre 2005 e 2009, colaborou regularmente com a Orquestra Metropolitana, onde trabalhou com maestros como Cesário Costa, Michael Zilm, Jean-Sébastien Béreau ou Pablo Heras-Casado. Colaborou também com a Orquestra Sinfónica Portuguesa na estreia de obras de Christopher Bochmann também com o Lisbon Ensemble 20/21, a Orchestrutopica, o Sond'Ar-Te Electric Ensemble, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e a Orquestra Gulbenkian. Entre 2004 e 2010 fez parte do corpo docente da Metropolitana, como pianista acompanhadora da ANSO, professora de piano no CMML e acompanhadora d'Os Pequenos Violinos da Metropolitana. Como pianista, performer e compositora, nos últimos anos, Joana tem estado envolvida em projectos que associam a música às áreas da dança - "Danza Ricercata”, “Danza Variada”, “Idiolecto" e "27 Ossos" de Tânia Carvalho; "Trovoada" de Luís Guerra, "Pele" de Miguel Moreira, “Nocturno” (em co-criação), “Drama” e “Os Três Irmãos” com Victor Hugo Pontes -, do teatro - "Benny Hall" de Esticalimógama -, da fotografia e do vídeo - “Antropia”, “Linha” e “terras interiores” de Eduardo Brito -, e do cinema - “La Valse” de João Botelho, “Incêndio" de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman, “A Glória de fazer Cinema em Portugal” de Manuel Mozos,“Penúmbria” de Eduardo Brito e “Lobo e Cão” de Cláudia Varejão. Integra o elenco de “A Grande Fantochada”, um espectáculo de, e com, Hugo van der Ding, que estreou em Outubro de 2023. Desde 2010 que se dedica a divulgar a obra do compositor francês Erik Satie: em 2016, com o apoio da Antena 2, assinalou o 150º aniversário do nascimento do compositor com a digressão SATIE.150, e o lançamento da edição especial da partitura "Embryons desséchés". Nos últimos anos tem apresentado recitais comentados para adultos e crianças à volta da música de Erik Satie e editou ainda os álbuns SATIE.150, HARMONIES e ARCUEIL. Tocou a peça "Vexations" de Erik Satie em quatro ocasiões: Serralves em Festa, 2016; Festival Jardins Efémeros, 2016; Fundação Calouste Gulbenkian, 2018; Atelier Re.al com João Fiadeiro, 2019, em performances que duraram 40 minutos, 15 horas, 14 horas e 7 horas, respectivamente. Em 2018, num concerto que incluiu música de Erik Satie, Joana Gama tocou a peça 4’33’’ de John Cage no Panteão Nacional. Fruto do trabalho realizado no doutoramento, em Maio de 2019 lançou o disco “Travels in my homeland” pela Grand Piano Records (grupo Naxos) com música de Amílcar Vasques-Dias e Fernando Lopes-Graça, cujas partituras, numa edição por si coordenada, foi publicada na mesma altura pelo mpmp. Com base nesse repertório, estreou “O Figo que prometeste” com as Sopa de Pedra na edição de 2019 do Festival Bons Sons. Em Outubro de 2020, num concerto na Culturgest, estreou, em Portugal, o ciclo para piano “O Livro dos Sons” de Hans Otte. Esta foi a primeira acção de divulgação da obra de Hans Otte no nosso país, parte do Festival Hans Otte : Sound of Sounds que, em 2021 e 2022, com o apoio do Goethe Institut e diversas instituições portuguesas e alemãs, levou a obra multiforme de Hans Otte a Lisboa, Évora, Guimarães e Viseu. Gravou “O Livro dos Sons” de Hans Otte para a RTP2 na estufa do Jardim Botânico de Coimbra. Essa gravação está agora disponível na RTP PALCO. Ainda em 2020 estreou o espectáculo “As árvores não têm pernas para andar” que já ultrapassou as cento e cinquenta apresentações e que, em 2022, foi apresentado no Jardim do Palacete de São Bento, no âmbito das Comemorações do 25 de Abril. Para os mais novos criou ainda "Nocturno” (2017), com Victor Hugo Pontes, "Eu gosto muito do Senhor Satie” (2018) e "Pássaros & Cogumelos" (2022). O duo de piano e electrónica partilhado com Luís Fernandes, passou por festivais como Novas Frequências (Rio de Janeiro) e MADEIRADIG. QUEST, o primeiro disco do duo, editado pela Shhpuma, foi considerado um dos melhores álbuns de 2014 por diversos críticos nacionais. Em 2026 lançaram HARMONIES, com Ricardo Jacinto, inspirado na música e no universo peculiar de Erik Satie. O trabalho foi apresentado nas mais importantes salas portuguesas, mas também em Berlim, Valência e Dumfries. Em 2017, em resposta a um desafio do Westway LAB festival (Guimarães), criaram “at the still point of the turning world”, uma colaboração com a Orquestra de Guimarães que saiu em disco pela editora australiana Room40. Em 2018, o concerto passou pelo Curtas de Vila do Conde, e em 2019 apresentaram-se com a Orquestra Metropolitana no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian (concerto filmado pela RTP) e no Teatro Micaelense, no concerto de abertura do Festival Walk&Talk. Em Abril de 2019 o duo estreou, no Teatro Municipal do Porto, uma nova colaboração, desta vez com o Drumming Grupo de Percussão. Em Janeiro de 2022 assinalou-se o lançamento do quinto álbum do duo de piano e electrónica que mantém com Luís Fernandes desde 2014. “There’s no knowing” veio no seguimento do convite lançado por Nuno M. Cardoso para a criação da banda sonora para a série televisiva “Cassandra”, que passou na RTP2 em 2023. É autora dos ambientes sonoros do podcast “Uma gota na chuva . Uma flor no jardim”, lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2022, ano do centenário do nascimento do Arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles. É membro fundador do CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura de Guimarães e d'O Homem do Saco, atelier de tipografia e edições - Lisboa. A eclética discografia de Joana Gama está presente nas editoras portuguesas Shhpuma, mpmp, Pianola, Boca/ Douda Correria e Holuzam, na australiana Room40 e na Grand Piano (grupo Naxos). Janeiro 2024 // Edições (ordem cronológica) 2014 QUEST (cd - com Luís Fernandes) 2016 Embryons desséchés (edição especial de partitura) SATIE.150 (cd) Harmonies (cd - com Luís Fernandes e Ricardo Jacinto) 2017 Nocturno (partitura) Nocturno (cd) 2018 at the still point of the turning world (com Luís Fernandes) [título retirado do poema “Burnt Norton” de T. S. Eliot] 2019 Arcueil (livro e cd) Travels in my homeland (cd) Viagens na Minha Terra (edição da partitura de Fernando Lopes-Graça) Lume de chão (edição da partitura de Amílcar Vasques-Dias 2020 Textures & Lines (com Drumming GP e Luís Fernandes) As árvores não têm pernas para andar (Livro com áudio e edição digital da música) 2022 There’s no knowing (com Luís Fernandes) // Vídeos (selecção) O Livro dos Sons de Hans Otte no Jardim Botânico de Coimbra https://www.rtp.pt/play/palco/p9370/o-livro-dos-sons Musica Callada de Federico Mompou na Fundação Calouste Gulbenkian https://www.rtp.pt/play/palco/p6229/joana-gama-musica-callada Vexations de Erik Satie na Fundação Calouste Gulbenkian https://www.youtube.com/watch?v=soq-8paZax8 Azinheira de silêncio - Amílcar Vasques-Dias https://www.youtube.com/watch?v=DHzFCjUglxo Citânia de Briteiros - Fernando Lopes-Graça https://www.youtube.com/watch?v=vIL9W1UxuSs As árvores não têm pernas para andar https://www.youtube.com/watch?v=NiRrExed_ro Árvores, pássaros, cogumelos (e silêncio) - música e poesia https://www.youtube.com/watch?v=zJbTkDZ4_sI Harmonies (Joana Gama, Luís Fernandes, Ricardo Jacinto) https://www.youtube.com/watch?v=PT4mCf92RvE There’s no knowing (Joana Gama, Luís Fernandes) https://www.youtube.com/watch?v=MDmDxkV6Vkc Janeiro 2024 |
EN
Biography Joana Gama (Braga, 1983) is a Portuguese pianist who is involved in multiple solo projects and collaborations in the fields of cinema, dance, theatre, photography and music. Moved by music and the stories it carries, or can carry, Joana Gama endeavours to give concerts and performances that express her interests and affinities. Fascinated by the idea of music that is almost silence, or music that invites contemplation, she has performed music by Erik Satie, John Cage, Federico Mompou and Hans Otte in recent years. Aware of the importance of ecology, he has two performances for children which, through music, alert them to the importance and, simultaneously, the fascination that trees, birds and mushrooms can bring to our lives. She began her musical studies in Braga at the Calouste Gulbenkian Conservatory of Music with Ema Pais Martins, Ana Rita Lima and João Paulo Teixeira. She studied for a year at the Royal Academy of Music in London with Vanessa Latarche and completed her degree in Piano, in the class of Tania Achot, at the Escola Superior de Música de Lisboa in 2005. In 2010, in the class of António Rosado, she completed her Master's Degree in Performance at the University of Évora, with a thesis on Alberto Ginastera, where, in 2017, she received her doctorate, as an FCT scholarship holder, with the thesis "Interpretative studies on contemporary Portuguese piano music: the particular case of music evocative of Portuguese cultural elements". Today she continues her research as a member of CESEM / NOVA FCSH. She was awarded the Prémio Jovens Músicos/RDP in 2008, 1st Prize in the Piano - Higher Level category; in 2005, 1st Prize in the Piano Accompaniment category (with violetist Lisboa); and in 2004, 3rd Prize in the Chamber Music category (with flutist Fernando Marinho). Between 2005 and 2009, he collaborated regularly with the Metropolitan Orchestra, where he worked with conductors such as Cesário Costa, Michael Zilm, Jean-Sébastien Béreau and Pablo Heras-Casado. He has also collaborated with the Portuguese Symphony Orchestra in the premiere of works by Christopher Bochmann, as well as with the Lisbon Ensemble 20/21, Orchestrutopica, the Sond'Ar-Te Electric Ensemble, the Lisbon Contemporary Music Group and the Gulbenkian Orchestra. Between 2004 and 2010 she was a member of the Metropolitana teaching staff, as pianist and accompanist for the ANSO, piano teacher at the CMML and accompanist for Os Pequenos Violinos da Metropolitana. As a pianist, performer and composer, in recent years Joana has been involved in projects that combine music with dance - "Danza Ricercata", "Danza Variada", "Idiolecto" and "27 Ossos" by Tânia Carvalho; "Trovoada" by Luís Guerra, "Pele" by Miguel Moreira, "Nocturno" (in co-creation), "Drama" and "Os Três Irmãos" with Victor Hugo Pontes -, theatre - "Benny Hall" by Esticalimógama -, photography and video - "Antropia", "Linha" and "terras interiores" by Eduardo Brito - and cinema - "La Valse" by João Botelho, "Incêndio" by Miguel Seabra Lopes and Karen Akerman, "A Glória de fazer Cinema em Portugal" by Manuel Mozos, "Penúmbria" by Eduardo Brito and "Lobo e Cão" by Cláudia Varejão. She is part of the cast of "A Grande Fantochada", a show by and starring Hugo van der Ding, which premiered in October 2023. Since 2010, he has dedicated herself to promoting the work by French composer Erik Satie: in 2016, with the support of Antena 2, she marked the 150th anniversary of the composer's birth with the SATIE.150 tour and the release of the special edition of the score "Embryons desséchés". In recent years she has presented commented recitals for adults and children focussing on the music by Erik Satie and has also published the albums SATIE.150, HARMONIES and ARCUEIL. She played Erik Satie's "Vexations" on four occasions: Serralves em Festa, 2016; Jardins Efémeros Festival, 2016; Calouste Gulbenkian Foundation, 2018; Atelier Re.al with João Fiadeiro, 2019, in performances lasting 40 minutes, 15 hours, 14 hours and 7 hours, respectively. In 2018, in a concert that included music by Erik Satie, Joana Gama played John Cage's piece 4'33'' at the National Pantheon. As a result of the work carried out at the doctoral programme, in May 2019 she released the album "Travels in my homeland" on Grand Piano Records (Naxos group) with music by Amílcar Vasques-Dias and Fernando Lopes-Graça, whose scores, in an edition coordinated by her, were published at the same time by mpmp. Based on this repertoire, she premiered "O Figo que prometeste" with Sopa de Pedra at the 2019 edition of the Bons Sons Festival. In October 2020, at a concert at Culturgest, she premiered Hans Otte's piano cycle "The Book of Sounds" in Portugal. This was the first action to promote Hans Otte's work in Portugal, part of the Hans Otte Festival: Sound of Sounds which, in 2021 and 2022, with the support of the Goethe Institut and various Portuguese and German institutions, will take Hans Otte's multifaceted work to Lisbon, Évora, Guimarães and Viseu. She recorded Hans Otte's "The Book of Sounds" for RTP2 in the greenhouse of Coimbra's Botanical Garden. This recording is available on RTP PALCO. Also in 2020, he premiered the performance "As árvores não têm pernas para andar”, which has already exceeded one hundred and fifty performances and which, in 2022, was presented in the garden of the Palacete de São Bento, as part of the 25 April celebrations. For younger audiences, she also created "Eu gosto muito do Senhor Satie" (2018) and "Pássaros & Cogumelos" (2022). The piano and electronics duo, shared with Luís Fernandes, has played at festivals such as Novas Frequências (Rio de Janeiro) and MADEIRADIG. QUEST, the duo's first album, released by Shhpuma, was considered one of the best albums of 2014 by several national critics. In 2016 they released HARMONIES, with Ricardo Jacinto, inspired by Erik Satie's music and peculiar universe. The work as presented at the most important Portuguese venues, and also in Berlin, Valência and Dumfries. In 2017, in response to a commission from the Westway LAB festival (Guimarães), they created "at the still point of the turning world", a collaboration with the Guimarães Orchestra that was released on an album by Australian label Room40. In 2018, the concert took place at Curtas de Vila do Conde, and in 2019 they performed with the Metropolitan Orchestra at the Calouste Gulbenkian Foundation's Grand Auditorium (a concert filmed by RTP) and at the Micaelense Theatre, at the opening concert of the Walk&Talk Festival. In April 2019, the duo premiered a new collaboration at the Porto Municipal Theatre, this time with the Drumming Percussion Group. January 2022 marked the release of the fifth album by the piano and electronics duo that she has had with Luís Fernandes since 2014. "There's no knowing" followed an invitation from Nuno M. Cardoso to create the soundtrack for the television series "Cassandra", which aired on RTP2 in 2023. She is the author of the sound environments for the podcast "A drop in the rain . A flower in the garden", released by the Calouste Gulbenkian Foundation in 2022, the centenary of Landscape Architect Gonçalo Ribeiro Telles' birth. She is a founding member of the CAAA Centre for Art and Architecture in Guimarães and of O Homem do Saco, a typography and publishing studio in Lisbon. Joana Gama's eclectic discography can be found on the Portuguese labels Shhpuma, mpmp, Pianola, Boca/ Douda Correria and Holuzam, the Australian Room40 and Grand Piano (Naxos group). January 2024 // Editions (chronological order) 2014 QUEST (cd - with Luís Fernandes) 2016 Embryons desséchés (special edition of the score by Satie) SATIE.150 (cd) Harmonies (cd - with Luís Fernandes and Ricardo Jacinto) 2017 Nocturno (music of the piece; score) Nocturno (music of the piece; cd) 2018 at the still point of the turning world (with Luís Fernandes and orchestra) [title from a sentence from the poem “Burnt Norton” by T. S. Eliot] 2019 Arcueil (book and cd) Travels in my homeland (cd) Viagens na Minha Terra (edition of the score by Fernando Lopes-Graça) Lume de chão (edition of the score by Amílcar Vasques-Dias 2020 Textures & Lines (com Drumming GP and Luís Fernandes) As árvores não têm pernas para andar (Book with audio + digital edition of the music) 2022 There’s no knowing (with Luís Fernandes) // Vídeos (selection) The Book of Sounds by Hans Otte at Botanical Garden of Coimbra https://www.rtp.pt/play/palco/p9370/o-livro-dos-sons Musica Callada by Federico Mompou at Fundação Calouste Gulbenkian https://www.rtp.pt/play/palco/p6229/joana-gama-musica-callada Vexations by Erik Satie at Fundação Calouste Gulbenkian https://www.youtube.com/watch?v=soq-8paZax8 Azinheira de silêncio by Amílcar Vasques-Dias https://www.youtube.com/watch?v=DHzFCjUglxo Citânia de Briteiros by Fernando Lopes-Graça https://www.youtube.com/watch?v=vIL9W1UxuSs As árvores não têm pernas para andar https://www.youtube.com/watch?v=NiRrExed_ro Árvores, pássaros, cogumelos (e silêncio) - music and poetry https://www.youtube.com/watch?v=zJbTkDZ4_sI Harmonies (Joana Gama, Luís Fernandes, Ricardo Jacinto) https://www.youtube.com/watch?v=PT4mCf92RvE There’s no knowing (Joana Gama, Luís Fernandes) https://www.youtube.com/watch?v=MDmDxkV6Vkc |
FR
Biographie Joana Gama (Braga, 1983) est une pianiste portugaise impliquée dans de multiples projets solo et collaborations dans les domaines du cinéma, de la danse, du théâtre, de la photographie et de la musique. Motivée par la musique et les histoires qu'elle porte ou peut porter, Joana Gama s'efforce de donner des concerts et des spectacles qui expriment ses intérêts et ses affinités. Fascinée par l'idée d'une musique presque silencieuse ou d'une musique qui invite à la contemplation, elle a interprété ces dernières années des œuvres d'Erik Satie, de John Cage, de Federico Mompou et de Hans Otte. Conscient de l'importance de l'écologie, il propose deux spectacles pour enfants qui, par le biais de la musique, les sensibilisent à l'importance et, simultanément, à la fascination que les arbres, les oiseaux et les champignons peuvent exercer sur nos vies. Elle a commencé ses études musicales à Braga, au Conservatoire de musique Calouste Gulbenkian, avec Ema Pais Martins, Ana Rita Lima et João Paulo Teixeira. Elle a étudié pendant un an à la Royal Academy of Music de Londres avec Vanessa Latarche et a obtenu son diplôme de piano, dans la classe de Tania Achot, à l'Escola Superior de Música de Lisbonne en 2005. En 2010, dans la classe d'António Rosado, elle a obtenu son Master en interprétation à l'Université d'Évora, avec une thèse sur Alberto Ginastera, où, en 2017, elle a obtenu son doctorat, en tant que boursière FCT, avec la thèse "Études interprétatives sur la musique portugaise contemporaine pour piano : le cas particulier de la musique évocatrice d'éléments culturels portugais". Aujourd'hui, elle poursuit ses recherches en tant que membre du CESEM / NOVA FCSH. Elle a reçu le Prémio Jovens Músicos/RDP en 2008, 1er prix dans la catégorie Piano - niveau supérieur ; en 2005, 1er prix dans la catégorie Accompagnement au piano (avec le altiste Lisboa) ; et en 2004, 3ème prix dans la catégorie Musique de chambre (avec le flûtiste Fernando Marinho). Entre 2005 et 2009, elle a collaboré régulièrement avec le Metropolitan Orchestra, où elle a travaillé avec des chefs d'orchestre tels que Cesário Costa, Michael Zilm, Jean-Sébastien Béreau et Pablo Heras-Casado. Il a également collaboré avec l'Orchestre symphonique portugais lors de la création d'œuvres de Christopher Bochmann, ainsi qu'avec l'Ensemble 20/21 de Lisbonne, Orchestrutopica, le Sond'Ar-Te Electric Ensemble, le Lisbon Contemporary Music Group et l'Orchestre Gulbenkian. Entre 2004 et 2010, elle a été membre du corps enseignant de Metropolitana, en tant que pianiste et accompagnatrice de l'ANSO, professeur de piano au CMML et accompagnatrice d'Os Pequenos Violinos da Metropolitana. En tant que pianiste, interprète et compositrice, Joana a participé ces dernières années à des projets combinant la musique et la danse - "Danza Ricercata", "Danza Variada", "Idiolecto" et "27 Ossos" de Tânia Carvalho ; "Trovoada" de Luís Guerra, "Pele" de Miguel Moreira, "Nocturno" (en co-création), "Drama" et "Os Três Irmãos" de Victor Hugo Pontes -, le théâtre - "Benny Hall" d'Esticalimógama -, la photographie et la vidéo - "Antropia", "Linha" et "terras interiores" d'Eduardo Brito - et le cinéma - "La Valse" de João Botelho, "Incêndio" de Miguel Seabra Lopes et Karen Akerman, "A Glória de fazer Cinema em Portugal" de Manuel Mozos, "Penúmbria" d'Eduardo Brito et "Lobo e Cão" de Cláudia Varejão. Elle fait partie de la troupe de "A Grande Fantochada", un spectacle de et avec Hugo van der Ding, dont la première a eu lieu en octobre 2023. Depuis 2010, elle se consacre à la promotion de l'œuvre du compositeur français Erik Satie : en 2016, avec le soutien d'Antena 2, elle a marqué le 150e anniversaire de la naissance du compositeur avec la tournée SATIE.150 et la publication de l'édition spéciale de la partition " Embryons desséchés ". Ces dernières années, elle a présenté des récitals commentés pour adultes et enfants autour de la musique d'Erik Satie et a également publié les albums SATIE.150, HARMONIES et ARCUEIL. Elle a joué les "Vexations" d'Erik Satie à quatre reprises : Serralves em Festa, 2016 ; Jardins Efémeros Festival, 2016 ; Fondation Calouste Gulbenkian, 2018 ; Atelier Re.al avec João Fiadeiro, 2019, dans des performances d'une durée de 40 minutes, 15 heures, 14 heures et 7 heures, respectivement. En 2018, lors d'un concert comprenant de la musique d'Erik Satie, Joana Gama a joué le morceau 4'33'' de John Cage au Panthéon national. Suite aux recherches menées dans le cadre du programme doctoral, elle a publié en mai 2019 l'album "Travels in my homeland" chez Grand Piano Records (groupe Naxos) avec des œuvres musicales d'Amílcar Vasques-Dias et Fernando Lopes-Graça, dont les partitions, dans une édition coordonnée par elle-même, ont été publiées en même temps chez mpmp. Sur la base de ce répertoire, elle a créé "O Figo que prometeste" avec Sopa de Pedra lors de l'édition 2019 du Bons Sons Festival. En octobre 2020, lors d'un concert à Culturgest, elle a créé au Portugal le cycle pour piano "The Book of Sounds" de Hans Otte. Il s'agissait de la première action visant à faire connaître l'œuvre de Hans Otte au Portugal, dans le cadre du festival Hans Otte : Sound of Sounds qui, en 2021 et 2022, avec le soutien du Goethe Institut et de diverses institutions portugaises et allemandes, présentera l'œuvre multiforme de Hans Otte à Lisbonne, Évora, Guimarães et Viseu. Elle a enregistré "The Book of Sounds" de Hans Otte pour RTP2 dans la serre du jardin botanique de Coimbra. Cet enregistrement est disponible sur RTP PALCO. Toujours en 2020, il a créé le spectacle "As árvores não têm pernas para andar", qui a déjà dépassé les cent cinquante représentations et qui, en 2022, a été présenté dans le jardin du Palacete de São Bento, dans le cadre des célébrations du 25 avril. Pour le jeune public, elle a également créé "Eu gosto muito do Senhor Satie" (2018) et "Pássaros & Cogumelos" (2022). Le duo de piano et d'électronique, partagé avec Luís Fernandes, a joué dans des festivals tels que Novas Frequências (Rio de Janeiro) et MADEIRADIG. QUEST, le premier album du duo, publié par Shhpuma, a été considéré comme l'un des meilleurs albums de 2014 par plusieurs critiques nationaux. En 2016, ils ont publié HARMONIES, avec Ricardo Jacinto, inspiré par la musique et l'univers particulier d'Erik Satie. L'œuvre a été présentée dans les plus grandes salles portugaises, ainsi qu'à Berlin, Valência et Dumfries. En 2017, en réponse à une commande du festival Westway LAB (Guimarães), ils ont créé "at the still point of the turning world", une collaboration avec l'orchestre de Guimarães qui a été publiée sur un album par le label australien Room40. En 2018, le concert a eu lieu à Curtas de Vila do Conde, et en 2019, ils se sont produits avec l'Orchestre métropolitain au Grand Auditorium de la Fondation Calouste Gulbenkian (un concert filmé par RTP) et au Théâtre Micaelense, lors du concert d'ouverture du Festival Walk&Talk. En avril 2019, le duo a créé une nouvelle collaboration au théâtre municipal de Porto, cette fois avec le Drumming Percussion Group. Janvier 2022 marque la sortie du cinquième album du duo de piano et d'électronique qu'elle forme avec Luís Fernandes depuis 2014. "There's no knowing" fait suite à une invitation de Nuno M. Cardoso à créer la bande originale de la série de telévision "Cassandra", diffusée sur RTP2 en 2023. Elle est l'auteur des ambiances sonores du podcast "A drop in the rain . Une fleur dans le jardin", publié par la Fondation Calouste Gulbenkian en 2022, année du centenaire de la naissance de l'architecte paysagiste Gonçalo Ribeiro Telles. Elle est membre fondateur du Centre d'art et d'architecture CAAA à Guimarães et de O Homem do Saco, un studio de typographie et d'édition à Lisbonne. La discographie éclectique de Joana Gama se trouve sur les labels portugais Shhpuma, mpmp, Pianola, Boca/ Douda Correria et Holuzam, ainsi que sur les labels australiens Room40 et Grand Piano (groupe Naxos). Janvier 2024 // Editions (ordre chronologique) 2014 QUEST (cd - avec Luís Fernandes) 2016 Embryons desséchés (édition spéciale de la partition de Satie) SATIE.150 (cd) Harmonies (cd - avec Luís Fernandes et Ricardo Jacinto) 2017 Nocturno (musique de la pièce homonyme; partition) Nocturno (musique de la pièce homonyme; cd) 2018 at the still point of the turning world (aves Luís Fernandes et orchestra) [titre tiré d'une phrase du poème “Burnt Norton” de T. S. Eliot] 2019 Arcueil (livre et cd) Travels in my homeland (cd) Viagens na Minha Terra (édition de la partition de Fernando Lopes-Graça) Lume de chão (édition de la partition de Amílcar Vasques-Dias 2020 Textures & Lines (avec Drumming GP et Luís Fernandes) As árvores não têm pernas para andar (Livre aves musique + édition digital e la musique) 2022 There’s no knowing (aves Luís Fernandes) // Vidéos (sélection) Le livre des sons de Hans Otte - Jardin Botanique - Coimbra https://www.rtp.pt/play/palco/p9370/o-livro-dos-sons Musica Callada de Federico Mompou à la Fondation Calouste Gulbenkian https://www.rtp.pt/play/palco/p6229/joana-gama-musica-callada Vexations de Erik Satie à la Fondation Calouste Gulbenkian https://www.youtube.com/watch?v=soq-8paZax8 Azinheira de silêncio de Amílcar Vasques-Dias https://www.youtube.com/watch?v=DHzFCjUglxo Citânia de Briteiros de Fernando Lopes-Graça https://www.youtube.com/watch?v=vIL9W1UxuSs As árvores não têm pernas para andar https://www.youtube.com/watch?v=NiRrExed_ro Árvores, pássaros, cogumelos (e silêncio) - musique et poésie https://www.youtube.com/watch?v=zJbTkDZ4_sI Harmonies (Joana Gama, Luís Fernandes, Ricardo Jacinto) https://www.youtube.com/watch?v=PT4mCf92RvE There’s no knowing (Joana Gama, Luís Fernandes) https://www.youtube.com/watch?v=MDmDxkV6Vkc |